Áreas naturais de Cozumel serão fechadas para proteção dos corais
A decisão de fechar as áreas naturais de Cozumel visa a proteção do local contra a doença conhecida como “síndrome do coral branco” e do seu desaparecimento total. Com isso, todos os passeios de barco que visitam essa área serão desviados a partir de 7 de outubro para outros recifes ao norte e centro da ilha.
Em uma reunião realizada no dia 17 de setembro o Conselho Consultivo do Parque Nacional do Recife de Cozumel decidiu por unanimidade fechar temporariamente o recife de Palancar e a zona de uso restrito, que inclui o recife Colombia e o ponto conhecido como “El Cielo”.
Brenda Hernández, vice-diretora da Comissão Nacional de Áreas Protegidas Naturais (Conanp) em Cozumel, anunciou que a medida entrará em vigor a partir do próximo dia 7 de outubro.
“Decidiu-se dar um descanso a essas três áreas, porque são elas que estão em melhor estado de conservação em relação à síndrome branca. É uma estratégia de conservar nosso banco genético (de corais) sob um princípio de precaução “, afirmou Brenda.

Para tomar a decisão, foram utilizados três estudos. Um deles era sobre a qualidade da água do mar de Cozumel, realizada por Laura Calva, pesquisadora da Universidade Autônoma do México (UAM), outra sobre saúde de corais, co-desenvolvida com o Instituto de Ciências Marinhas e Limnologia da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), e o terceiro foi um monitoramento do uso e impactos públicos, assinado pela Conanp.
O Parque Nacional do Recife de Cozumel tem uma capacidade máxima de 2.500 visitantes por dia. No entanto, devido à alta demanda, geralmente essa capacidade é excedida e atinge 3.500 pessoas por dia, razão pela qual a medida busca reduzir o fluxo de turistas nas áreas de coral.
Nos próximos meses, a Comissão realizará estudos para monitorar a saúde dos corais em Cozumel e, dependendo do comportamento, será avaliada a situação para endurecer as medidas ou reabrir as áreas suspensas.
Segundo Hernandez, atualmente 50% dos corais de Cozumel morreram da doença rara e sem precedentes no México chamada síndrome branca.
O que é a síndrome do coral branco?
Essa doença foi detectada pela primeira vez no México no verão passado por pesquisadores da UNAM, do Conanp de Puerto Morelos e da organização Healthy Reefs for Healthy People.
A condição é caracterizada pela perda do tecido do coral. Se fossemos comparar com um ser humano, seria equivalente a uma pessoa com hanseníase cuja pele está descolada. Os corais perdem tecido e o esqueleto de carbonato de cálcio é visto. “É como se você estivesse sofrendo e seu osso fosse visto”, explica Maricarmen García Rivas, diretora do Parque Nacional Puerto Morelos, uma das biólogas que detectaram a doença no Caribe junto com Lorenzo Álvarez.
Lorenzo Álvarez é pesquisador do Instituto de Ciências Marinhas da UNAM, e diz que, das 50 espécies de corais, cerca de 30 estão sendo afetadas pela síndrome branca. “Dos afetados, mais da metade morreu”, diz Alvarez.
Até 2018, a síndrome branca apareceu apenas nos recifes dos Estados Unidos, mas em meados de 2018 os corais mexicanos foram infectados e, desde então, expandiram-se para Jamaica, Cuba, República Dominicana e começaram a entrar nas Pequenas Antilhas.
Embora ainda não haja explicações definitivas sobre o problema, existem várias indicações sobre as possíveis causas. Entre elas estão o aumento da temperatura do mar, a presença massiva de sargaço e o aumento da presença de substâncias das águas residuais.
Segundo os especialistas, o sistema Mesoamericano de Recifes – o segundo mais importante do mundo – corre o risco de desaparecer.

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