A empresa aérea colombiana Avianca luta para não seguir o mesmo destino de sua irmã Avianca Brasil.
A Avianca Colômbia foi a primeira linha aérea comercial de passageiros fundada na América e a segunda no mundo, depois da KLM. É terceira maior companhia na América do Sul.
No último relatório de resultados, admitiu a remota possibilidade de falência, embora este seja um cenário menos provável, devido ao plano de reestruturação que está em curso.
Confira aqui o resultado relatório financeiro da Avianca
A empresa divulgou uma perda líquida de US$ 475,94 milhões no primeiro semestre de 2019, aproximadamente R$ 1,9 bilhão no câmbio atual. E também mantém suspensos os pagamentos de leasing de aeronaves e também de alguns fornecedores desde junho.
O balanço divulgado revelou perdas no segundo trimestre que chegaram a US$ 408 milhões. As receitas operacionais da Avianca Holdings chegaram a US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, 6,9% menor que o trimestre anterior. O prejuízo operacional foi de US$ 36 milhões (Ebit), enquanto o lucro antes de juros, impostos, desvalorização e amortizações (Ebitda) foi de US$ 116,4 milhões, com uma margem de 10,5%.
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O sucesso do plano de reestruturação depende de um acordo com os credores e outras partes envolvidas.
A Avianca Colômbia suspendeu o pagamento de alguns empréstimos enquanto avança com a reestruturação de sua dívida. A dívida atual é de cerca de US$ 5 bilhões, com US$ 1 bilhão vencendo no curto prazo, entre 2019 e 2020.
O mais preocupante na situação da empresa é o adiamento do pagamento das empresas de leasing de seus aviões. Esse caminho foi tentado pela Avianca Brasil, sem sucesso.
Como parte da estratégia de reestruturação a Cia aérea pretende vender 39 aeronaves até 2021, com objetivo de simplificar a frota.
Essa é uma péssima notícia para os viajantes, se a Avianca não conseguir se recuperar, os preços para os destinos atendidos pela empresa tendem a subir.
Mas, se você tem passagens compradas pela Avianca Holdings não precisa se preocupar, pelo menos por enquanto. A empresa tem muitos ativos para vender e capacidade para enfrentar a crise de liquidez no curto prazo.
Diferentemente do que fez a Avianca Brasil, o grupo colombiano colocou dezenas de aeronaves à venda e cortou rotas afim de reduzir custos. Além disso, o grupo espera conseguir um aporte imediato de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão) de dois dos seus investidores, a companhia aérea norte-americana United Airlines e a Kingsland Holdings.
Fonte: Reportur, OGlobo, Aeroin
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